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Dermatoses por fotosensibilidade: doenças desencadeadas pela luz

Por:digitalpixel
Notícias

02

ago 2013

A luz solar, além de ser a principal responsável pelo surgimento do câncer da pele e do envelhecimento cutâneo, pode provocar uma série de doenças, induzidas diretamente pela radiação ultra-violeta ou pela exacerbação de reações provocadas por medicamentos ou produtos químicos, sejam eles aplicados na pele ou de uso sistêmico.
 
Os quadros podem ser desencadeados pela luz solar ou mesmo por fontes luminosas artificiais. São várias as doenças incluídas neste grupo e, algumas delas podem ser extremamente incapacitantes, pois exigem total falta de contato com a luz do sol para que seus sintomas não se manifestem.
 
Conheça as fotodermatoses
 
  • Erupção polimorfa à luz
De causa desconhecida, é o tipo mais comum de fotodermatose. Pode se iniciar de 2 horas a 5 dias após a exposição solar, (geralmente em 24 horas) atingindo qualquer área da pele exposta ao sol, mas preferenciamente na face e braços. Forma lesões avermelhadas, pouco elevadas, que variam de tamanho e são acompanhadas por coceira.
 
  • Dermatite actínica (solar) crônica
De causa desconhecida, a doença provoca uma intensa reação eczematosa, semelhante às alterações provocadas pela dermatite alérgica de contato (ou eczema de contato). As manifestações ocorrem apenas nas áreas expostas à luz. O quadro clínico é semelhante ao provocado pela ação de agentes químicos ou medicamentos sensibilizantes, que provocam as chamadas foto-alergias ou foto-dermatites.
 
Neste grupo inclui-se o reticulóide actínico, que provoca dermatite intensa com edema (inchaço) da face, quadro de ocorrência mais frequente em homens de idade avançada.
 
  • Hidroa vaciniforme
Atinge quase que exclusivamente crianças, e tende a melhorar com a puberdade. As lesões atingem principalmente a face, orelhas, colo e dorso das mãos. Surgem entre algumas horas até 2 dias após a exposição ao sol, com pequenas manchas avermelhadas que evoluem formando vesículas (pequenas bolhas) umbilicadas (com depressão central) na superfície. Ao regredir, podem deixar cicatrizes semelhantes às da varíola.
 
  • Prurigo actínico (solar)
É caracterizada pela presença de lesões elevadas, ou nodulares, com crostas e escoriações, acompanhadas de intensa coceira. Afeta principalmente crianças e adolescentes, mas pode persistir na vida adulta. O quadro deve ser diferenciado de doenças como prurigo estrófulo (alergia a picadas de insetos) e eczema atópico. Piora no verão e após exposição ao sol.
 
  • Urticária solar
Quadro alérgico que surge alguns minutos após a exposição solar, formando placas avermelhadas e elevadas, características das urticárias, acompanhadas de coceira, atingindo as áreas da pele que foram expostas ao sol. As lesões desaparecem espontaneamente em poucas horas.
 
  • Fitofotodermatite
Erupção alérgica que surge após a exposição ao sol de áreas da pele que tiveram prévio contato com substâncias sensibilizantes, como sucos de fruta ou plantas e também produtos químicos, como perfumes e refrigerantes. Formam-se placas avermelhadas e até mesmo bolhas, parecendo uma queimadura e que evoluem para manchas escuras.

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