A maior parte das mulheres não consegue escapar das manchas na pele durante o período de gestação. Em meio a um momento tão importante, este cuidado com a estética facial pode parecer frívolo e desnecessário, mas é fundamental as mulheres estarem atentas aos sinais e ao surgimento destas manchas enquanto grávidas, buscando o acompanhamento de um especialista.
De acordo com a médica dermatologista Gabriela Blatt, de Florianópolis, o melasma, também denominado cloasma ou máscara da gravidez, é uma hipermelanose adquirida, registrada, na maior parte das vezes, no rosto da mulher, já que estas ocorrências têm sua tonalidade intensificada devido à exposição à luz.
– São inúmeros os fatores que causam estas manchas em 75% gestantes, mas a principal causa é a combinação entre herança genética e a alta taxa de hormônios produzidos na gravidez – explica Gabriela.
Esse tipo de hiperpigmentação apresenta três formas clínicas: centro-facial (63% dos casos), malar (maçãs do rosto) e mandibular. E é exatamente no período da gravidez que a mulher precisa prevenir as lesões, com acompanhamento de um dermatologista, que deverá mapear e conhecer os antecedentes pessoais e familiares da paciente. A maneira mais simples e eficaz de prevenir é a fotoproteção, evitando a exposição demasiada ao sol e utilizando cremes com fatores de proteção solar conforme indicação médica. Clinicamente, as lesões se manifestam com as cores marrom-acinzentadas a marrom-escuras, com formatos simétricos e bordas irregulares.
TRATAMENTO
Caso não seja possível prevenir as manchas da gravidez, a paciente pode recorrer a tratamentos estéticos que hoje estão disponíveis no mercado. Contudo, com muita atenção.
– O bom senso deve imperar no tratamento destas manchas, e só devem ser utilizados os princípios ativos que sejam inofensivos ao bebê. Muitas medicações não possuem descrições suficientes na literatura que comprovem sua segurança – alerta a dermatologista.
Atualmente, existem cremes com soja que podem ser utilizados durante a gestação, período em que devem ser evitados os retinoides. Este tipo de dermatose em gestantes costuma desaparecer no prazo de até um ano após o parto, mas cerca de 30% das pacientes podem permanecer com alguma sequela.
A dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Regional de Santa Catarina, reforça que o melasma pode reaparecer em gestações subsequentes ou com o uso de anticoncepcionais orais.
FONTE: Diário Catarinense Online