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Novos métodos de diagnóstico e medicamentos melhoram o tratamento do câncer de pele.

Por:digitalpixel
Notícias

29

dez 2011

O número de casos de câncer de pele, inclusive na sua forma mais letal, o melanoma, tem aumentado no Brasil. A boa notícia é que novos meios de diagnóstico e o lançamento de fármacos mais modernos estão ajudando a melhorar o tratamento desses tumores. Estes serão os principais temas tratados na 9ª Conferência Brasileira sobre Melanoma, que vai acontecer de 18 a 20 de agosto, no Rio.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em 2000, 7,7% dos pacientes atendidos na Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele tiveram diagnósticos positivo. No ano passado, este número aumentou para 11,1%, representando um crescimento de 44% na incidência. Este tipo de tumor é o mais frequente no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer, e corresponde a 25% de todos os cânceres. A melhor maneira de se proteger é aplicar filtro solar diariamente, evitar a exposição prolongada ao sol em horários de maior incidência de radiação ultravioleta e o uso de câmaras de bronzeamento artificial.

Acontece que apenas 31,44% dos brasileiros que se expõem ao sol se protegem.

– Quanto maior o número de episódios de pele queimada, vermelha ou com bolhas, maior a probabilidade de ter câncer – alerta o médico Carlos Barcaui, presidente da Conferência e diretor da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Além da prevenção, o diagnóstico precoce é essencial para se livrar do câncer de pele. A doença caracteriza-se pelo crescimento anormal e descontrolado das células que constituem a pele. Há três tipos: basocelular (70% dos casos), espinocelular e o melanoma; o menos frequente, porém letal. E, apesar de não causar metástase, o basocelular pode destruir os tecidos à sua volta, atingindo até cartilagens e ossos. Já o espinocelular, o segundo mais comum, pode se espalhar por meio de gânglios e causar metástase.

Portanto, é preciso consultar o dermatologista quando se percebe crescimento na pele de mancha ou pinta de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida; pinta preta ou castanha que muda de cor, textura; torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho; ou mancha ou ferida que não cicatriza, e continua a crescer causando coceira, crostas, erosões ou sangramento.

No caso de melanoma, a novidade em diagnóstico é a microscopia confocal, um aparelho que permite ao médico enxergar em tempo real o que antes só seria visto com a biópsia; cujo resultado leva de sete a dez dias para ser entregue ao dermatologista. No Brasil existem apenas três aparelhos, todos em São Paulo; um deles disponível para usuários do SUS, na Santa Casa de Misericórdia.

– A vantagem da microscopia é o fato de não ser invasiva, dispensando assim a biópsia da pele. Do ponto de vista prático, seria como colocar o microscópio diretamente em contato com a pele. Temos o diagnóstico em tempo real – explica Barcaui.

Com relação a medicamentos para tratar melanoma também há novidades, que serão discutidas na Conferência. Uma delas, a ipilimumabe – já aprovada nos Estados Unidos e ainda não disponível do Brasil – é de aplicação intravenosa e, conjugada a remédios tradicionais. Ela atua estimulando o grupo de células de defesa, os linfócitos T, a combater a doença, e pode levar a uma possível cura de pequena parcela dos pacientes, segundo oncologistas.

Outro fármaco, ainda em fase pesquisa, é a pílula vemurafenibe. Ela age numa mutação genética, a V600E, no gene BRAF, presente em 50% a 60% das pessoas que apresentam melanoma grave. Em vez de envenenar o tumor, como acontece na quimioterapia de rotina, o novo fármaco bloqueia as vias de comunicação entre as células para evitar a proliferação do processo maligno. Ou seja, ela impede que o câncer continue crescendo.

– Hoje o tratamento do melanoma depende do estágio em que se encontra a doença. Quando restrito à pele, nos estados iniciais, o melanoma é operado. Quando a doença encontra-se em fase avançada ou é inoperável por alguma outra razão, drogas quimioterápicas são indicadas, mas com pouco sucesso, como dacarbazina, interferon e interleucina. As drogas ipilimumabe e vemurafenibe poderão ser usadas isoladamente e substituem os fármacos atuais. Nos grupos estudados, elas aumentaram a sobrevida em 6 meses, em média.

FONTE: www.sbd.com.br


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